Fotolog forms Twitter Orkut

O escritor de cartas

Posted in


    Fala galere, essa semana mais precisamente no dia 25 faz catorze (14) anos que um dos meus autores preferidos nos deixa. Estudei bastante sobre Caio Fernando Loureiro de Abreu, nascido no dia 12 de Setembro de 1948, em Santiago (RS). Ainda jovem mudou-se para Porto Alegre onde publicou seus primeiros contos. O considero um dos melhores jornalista, dramaturgo e escritor brasileiro.

    O que mais me chama atenção na sua obra é a escrita num estilo econômico e bem pessoal, fala de sexo, de medo, de morte e, principalmente, de angustiante solidão. Apresenta uma visão dramática do mundo moderno e é considerado um "fotógrafo da fragmentação contemporânea".
    Me perdendo nos trabalhos de Caio, encontrei reflexões sobre sexualidade, astrologia, morte, contradições, desencontros, paixões, contra cultura; encontrei sobretudo ousadia: de linguagem, de escrita, de temas (seus contos homo-eróticos são do tempo quando a AIDS ainda era considerada como uma peste gay).
    No início da década de 70, ele se exilou por um ano na Europa e quatro anos depois regressa a Porto Alegre. Em 1983 muda-se pro Rio de Janeiro, em 85 para São Paulo. A convite da Casa dos Escritores Estrangeiros, ele voltou à França em 1994, regressando ao Brasil no mesmo ano, ao descobrir-se portador do vírus HIV.

    Nos dois anos entre a descoberta da doença e a morte, Caio viveu na casa dos pais em Porto Alegre, escrevendo, viajando, divulgando seu trabalho ou simplesmente cuidando do jardim. No dia 25 de Fevereiro de 1996, todo aquele vulcão de atividade criativa se calou para sempre.




     Caio tinha uma absoluta necessidade de expressar sua natureza gay. A visão, a emoção, a manutenção do ponto de vista dum narrador exclusivamente homossexual (ou qualquer outra obsessão monomaníaca) restringe, limita e aprisiona o grande artista.
Porque, apesar dos pesares e de si mesmo, graças à sua ficção, Caio Fernando Abreu foi um grande artista.



.

A NOVA FACE DO PPS

Posted in
"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas,
que já tem a forma do nosso corpo,
e esquecer os nossos caminhos,
que nos levam sempre aos mesmos lugares.
É o tempo da travessia:
e, se não ousarmos fazê-la,
teremos ficado, para sempre,
à margem de nós mesmos."
Fernando Pessoa

    Vocês já devem ter notado que o PPS mudou o visu geral neah?
Layout, cores, banner, músicas e patati patata (E quero a opinião sincera sobre o que acharam viuuu. Pensando bem, não muito sincera). Toda aquela história dos post de fim de ano sobre mudanças, "O novo novo", coisa e tals influenciaram bastante...

    Sabemos que a tendência das pessoas é continuar na rotina quando o assunto é crescer e mudar.
Se tem uma coisa que me sufoca, que suga todo o meu tesão em viver é a tal da mesmisse.
Porque mudar, às vezes, é preciso... querendo ou não.
Faz bem para a alma, nos fortalece.
E quem sabe assim, encontro o que tanto procuro (apesar de não saber exatamente o que procuro).

    O que muda com a gente ao longo de nossa metamorfose ambulante é o que nos deixa como estamos no presente. Entende?

    É mudando que se aprende, que o mundo que a gente vive, tá acabando por culpa da mesmisse humana.
E quando eu falo mesmisse é na mesmisse de pensamento e comodidade.

A ironia é que a mudança é inevitável. Todos têm de lidar com ela. Por outro lado, o crescimento é opcional. Você pode optar por crescer ou lutar contra ele, mas saiba de uma coisa: pessoas que não querem crescer nunca alcançarão seu potencial.



.

ESTÁ TUDO BEM


 

- Oi, tudo bem?

- Tudo bem...!!!
Fora o tédio que me consome
todas as 24 horas do dia.

Fora a decepção de ontem, a decepção de hoje
e a desesperança crônica no amanhã.
Tenho vontade de chorar,
raiva de não poder.

Quero gritar até ficar rouco.
Quero gritar até ficar louco.
Isso sem contar com a ânsia de vomito,
reação a tal pergunta idiota.

Fora tudo isso, tudo bem.
^^


.