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Quando eu morria

Fingindo de morto
Quando eu era criança gostava de brincar de morrer. Simulava uma morte e morria aos poucos
ia fechando os olhos lentamente. Dai ficava ali morto esperando que alguém  notasse minha morte, quase nunca notavam e conclui que não era bom em morrer.

O que mais me impressionava quando eu morria é que, apesar de morto a vida continuava acontecendo lá fora apesar de minha ausência tudo continuava igual, o programa na televisão passando, a comida na panela que continuava a cozinhar, as pessoas da casa seguiam  nos seus afazeres indiferentes à minha morte.

Hoje ainda morro de vez em quando e pouca gente percebe, é interessante como na morte as pessoas desaparecem deixam de existir e a vida continua pra maioria. Isso prova que são poucas
as pessoas importantes na nossa vida e que realmente nos fariam falta.

Morra um mês e descubra quem notou, provavelmente são essas as que importam.
Sinto que as pessoas ao meu redor estão morrendo. Parece que consigo ver a vitalidade escorrer no ritmo do ponteiro do relógio. É uma sensação estranha. As pessoas são vuneráveis. Suas vidas, passageiras. E não há nada que se possa fazer ou prever.
Dá para aceitar que as pessoas se vão, mas o fato é que por alguma razão sádica eu tenho as imaginado morrendo a cada segundo que penso/falo com elas.
Não quero perder as pessoas que amo. E conviverei o mínimo possível com quem começo/comecei/começaria a me apegar. Pode parecer doentio, mas acho que é o que eu preciso no momento.

Nada além de pó

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Hoje o coração de uma pessoa próxima a mim não agüentou a pressão e parou aos 35 anos de incessantes batimentos. Não consigo tirar da cabeça como o ser humano é descartável, pequeno, limitado e insignificante. As pessoas dedicam suas vidas a serem melhores, a conquistar sonhos, estudar, trabalhar, transar, procriar, se acabar, se cuidar, para um dia inesperadamente deixar de existir, se resumindo a carniça, comida de verme, pó.

Pessoas são feitas de água, pó e medo.

*E na playlist da insignificância: "This little light of mine" - Tracie Thoms

Não faz sentido

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Esse sábado resolvi fazer algo diferente... mentira, fui obrigado a reunir-me com minha família para o noivado da minha prirmã. Nem foi ruim, os parentes mineiros (pai) são bem mais agradáveis que os parentes paranaenses (mãe, claro), mais agradáveis e mais sem graça também. Cheguei, comprimentei, usei da minha sociabilidade escassa, fiz um pratinho de gordisses principal motivo d'eu estar ali e corri para frente do computador jogar "The Sims Social", meu novo passatempo que se eu tivesse largaria meu emprego só para me dedicar mais a ele. Pois bem, tive que agüentar olhares gritantes me julgando três vezes como um doente virtual, viciado anti social que deve ser virgem por não saber lidar com pessoas no mundo real. MeuCuEm3DParaTodosEles.

Mas nem é disso que eu queria escrever mal aqui. É que tem algo que não consigo entender, que é: como uma pessoa de vinte anos resolve se casar? Isso não cabe na minha cabeça com manias sagitarianas de liberdade. Conversando com a minha amiga Jaque Day ela disse: "se for pra errar que seja enquanto somos jovens!"(PS: Jaque Day se casou a pouco mais de dois meses e já chama o casamento de "erro"). Não sei porque minha prima não pode ser uma guria normal de vinte anos e sair por ai dando para os caras que tem carro e se casar só depois de uma gravidez não planejada, nem parece que fomos criados juntos.


Sim, eu sou a ovelha negra, suja, porra louca e promiscua dessa família. Obrigado!

De caso com o amor próprio

Em um roda de amigos eu ouvi a seguinte frase "o Thalles não se apega a ninguém!". Ah! Eu me sinto bem, mas quando eu digo bem, quero dizer bem comigo mesmo. Meu coração samba com esse excesso de alegria no ar. Me sinto mais tranquilo, mais leve. Minha autoestima subiu ao pódio em primeiro lugar. Dedicar 23 horas do meu dia para mim mesmo, é bom demais. Todos esses cuidados especiais me proporciona o sentimento de pura satisfação. E, pensando bem, quer saber? Não amar ninguém e muito menos se interessar por alguém, agora, é tudo o que  preciso, e claro, tudo o que  tenho. Assim, eu só penso em duas palavras, "bem-estar". Eu tenho que estar bem comigo, para todo o resto harmonizar-se também. É assim que eu vou vivendo, mudando algo aqui, concertando algo acolá. E tudo isso é aquilo que eu chamo de "caso com o amor próprio".

 Atenciosamente, Thaee.

* E na playlist do amor próprio: Tarde em Itapuã - Vinicius de Moraes

Só não perde quem não tem

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lembro de quando meus sonhos iam mais alto do que eu podia ver. me lembro também de quando eles ficaram num poço tão fundo que eu não queria ir atrás deles. e quando me falaram que eu não os conseguiria? doeu tanto. me falaram também que eu conseguiria, tentei e não consegui. não que eu tenha desistido, mas deixei em espera pra voltar neles assim que eu me ajeitar.
 
é clichê falar de sonhos dessa forma? foda-se, são minhas lembranças.

Sobre uma nova paixão


Quando pinta uma nova paixão é sempre assim: o coração fica grande porque parece que do nada cabe mais amor do que seria possível caber, ou talvez o coração fica é pequeno, porque parece que enche tanto que não cabe mais nada. É, não sei. Mas todo o resto perde a graça e só quer ser a nova  paixão e acabou, e que ninguém interrompa quando você estiver sonhando, traçando com um lápis todos os planos e futuros juntos, claro. Você e a nova paixão.

Nova paixão também pode ser conhecida como “paixão no comecinho”, sempre bom, a melhor fase: tudo é novidade e vontade, não se cobra nada além do impossível, nunca é chato exigir atenção o tempo todo e toda exclusividade do mundo.

Uma vez eu disse que não queria me apaixonar nunca mais, pura bobagem: paixão não tem nada a ver com querer. Querendo ou não hoje me apaixonei e admito que cada dia que passa fico mais volúvel  para não dizer infiel, mas ao contrário da maioria, em minhas infidelidades, ninguém nunca sai magoado e cada vez que me encontro com as paixões, novas e antigas, é sempre um novo comecinho, e é super moderno porque ninguém é de ninguém e pode-se querer tudo, e tudo pode terminar ali mesmo.

Por exemplo, hoje. Voltando para casa depois de rir muito com a Nena e o Rodrigo, me apaixonei pelo fim de noite e flertei com o nascer do sol não sei se vai durar, provavelmente não, mas foi de tirar o fôlego.

Não, eu não me acho estranho apesar do que dizem. Afinal, que mal há em não se apaixonar pelas pessoas, quando se vive um empolgante romance com a vida?

Atenciosamente, Thaee.
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Gosto de olhar os meus gatos, eles me acalmam. Eles me fazem sentir bem. Você sabia que os gatos dormem 20 das 24 horas do dia? Não se admira que tenham melhor aparência do que eu. Na minha próxima vida, quero ser um gato. Dormir 20 horas por dia e esperar ser alimentado. Sentar por aí lambendo meu cu. Os humanos são desgraçados demais, irados demais, obcecados demais.

Charles Bukowsk
hoje senti vontade de escrever sobre pessoas. mas nada de mais e nada muito complexo. as pessoas são egoístas e cruéis, ninguém vive aqui por ninguém e ninguém larga o que tem por outra pessoa, não que isso seja cruel, mas o que eu quero dizer é: eu também sou assim. todos são assim e não precisa fingir pra ninguém e muito menos pra si mesmo que as coisas podem mudar ou serem diferentes - voltando - se surgir alguma coisa nova, sim, eu largo o que tenho e vou. digo isso e faria, por que? porque eu já fui muito dependente de pessoas e não valeu a pena, elas fizeram tudo isso comigo.

não acho que isso seja errado, porque eu nem estou aqui pra dizer o que é certo ou errado. cada um sabe de si e sabe o que fazer. só que hoje não consigo dormir por estar com um bocado de coisas na cabeça. pode ser que amanhã eu tenha outros pensamentos e não faça nada do que eu disse agora, mas tudo pode mudar, como não pode.

Cinco e pouco da manhã e eu tenho algo a dizer:

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"Felicidades para o casal, que ele te traia toda semana e ria dessa sua cara sem graça após o ato. Que te traga alguma doença venéria bem fodida doença venéria e fodida na mesma frase, risos de presente para acabar com essa sua vidinha superficial de mérda.

É de coração viu, beijos!"

PS: pode parecer mas esse não é um post de dor de cotovelo, nunca peguei ninguém dessa relação eu acho.

*e na "playlist da deprê" rolando "Chora Carolina - Martinho da Vila"
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Semana passada comentei aqui do meu 'totó' que me enche o saco de madrugada para solta-lo para ele ir coçar o cu no cimentado e que eu iria me vingar. Pois bem, sábado ele cometeu a pior cretinisse que poderia ter feito. Semana passada descobrimos que ele estava com anemia por não conseguir se alimentar direito por causa de um tumor no pescoço. Passei a semana correndo atrás, fiz tudo que os veterinários mandaram, mas ele não suportou a cirurgia.

Ganhei ele quando nos mudamos para Minas porque eu não conhecia ninguém aqui, passaram mais de 10 anos, praticamente crescemos juntos não tem como não sentir a falta daquele fedorento. Eu poderia passar mais 10 anos abrindo a porta de madrugada para ele.