Fotolog forms Twitter Orkut

Das aleatoriedades

Hoje o dia não amanheceu lindamente cinza, o céu se encontra no tom claro de azul e os passarinhos estão cantando no quintal do vizinho.

O sol amanheceu mais preguiçoso do que eu e espero que ele permaneça assim, amém.

Todos temos preferência por algo, eu por exemplo: adoro madrugadas de domingo pra segunda e tomar café com leite e leite em pó com colher. 

Por mim todos os dias seriam cinza, apesar deu saber que o sol também é importante e merece uma chance.

Durmo com um travesseiro pra cabeça, outro para o meio das pernas e um terceiro para os dias de carência aguda.

Cartas, bilhetes, post's, guardanapos e rascunhos todos rabiscados com lapiseira e uma letra caseira, #aletradaspessoas. Nunca gostei de corretivo.

Aleatoriamente tô me esvaziando, como uma pia entupida que aproveita as brechas para escorrer.

"Eles passarão, eu passarinho"


Tô passando por mais um daqueles momentos em que a vida se bagunça toda, e quando digo isso é porque foi tudo revirado e deixado de qualquer jeito, e como em todas as vezes eu me sento, na verdade eu me deito e fico só observando, porque sempre tem mais alguma coisa pra se soltar do teto e não quero nada caindo na minha cabeça, já me basta o coração que se encontra em farelos e o sangue ralo que me corre nas veias.

A gente só repara o estrago quando ele já não cabe mais embaixo do tapete, quando o sorriso amarelo não aparece, quando qualquer motivo é o suficiente pra fazer os olhos lacrimejarem e quando não se tem motivos pra sair da cama. Eu sei que é fase, eu sei que vou sobreviver, eu sei que tudo vai melhorar, eu sei ... mas às vezes eu esqueço, enlouqueço e não me reconheço.


A som de: Cartola, "Preciso me encontrar".
Posted in
Se a gente não se vigiar acaba se perdendo. Os primeiros dias de distância a saudade grita tão alto que ficamos cegos, mas o correr dos dias parece abafar esse som e daí se a gente não vigiar acaba se perdendo. Esquecemos de voltar, deixamos de procurar e por fim deixamos pra lá. No começo toda dor é sentida, mas como somos animais estranhos a dor com o tempo se torna aceitável e indolor.