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Naufrágio


Tiro o telefone do gancho, e escuto para ver se foi cortado.
Não foi.
Certifico-me se a campainha esta funcionando.
Ela está.
Então me resta ir até o correio e verificar se o carteiro não adoeceu.
Ele está melhor do que eu. E vai se casar.
 

"Frágil – Você tem tanta vontade de chorar, tanta vontade de ir embora. Para que o protejam, para que sintam falta. Tanta vontade de viajar para bem longe, romper todos os laços, sem deixar endereço. Um dia mandará um cartão-postal de algum lugar improvável. Bali, Madagascar, Sumatra. Escreverá: penso em você. Deve ser bonito, mesmo melancólico, alguém que se foi pensar em você num lugar improvável como esse. Você se comove com o que não acontece, você sente frio e medo. Parado atrás da vidraça, olhando a chuva que, aos poucos começa a passar."
Caio Fernando Abreu

Merry Xmas

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Esse é o tempo de agradecer aquele que lutou, morreu e ressuscitou por nós.
Obrigado, Goku.

Descontraçãozinha natalina gente!

Sobre confusões

"Eu mesma não entendo minha enormíssima paciência de ficar à toa, só pensando, pensando e sentindo."
Adélia Prado

Eu preciso escrever. Eu não sei o que, por que no fundo eu não tenho muito nada para falar... na verdade eu tenho muito tudo. Tanto que eu nem sei por onde começar.

Os últimos dias têm sido corridos, muitas coisas ao mesmo tempo e eu tentando decifrar tudo, assimilar todos os pequenos códigos que saem de mim para o outro e do outro para mim. Sem ferir, sem arranhar, sem incomodar.

Todos os dias pela manhã eu acordo pensando alguma coisa diferente. É como se eu planejasse temas para filosofar e analisar após dispertar, mas são apenas as minhas loucuras sem fim. E todos os dias antes de dormir eu me deito na cama e penso como foi meu dia, o que de bom aconteceu, o que eu vou deixar armazenado nos arquivos especiais e o que eu posso jogar fora.

Eu não me entendo. As vezes eu gosto demais das coisas, as vezes não. Talvez por gostar muito delas e elas não serem devidademente como eu tinha imaginado ou por medo. Eu deixo muitas coisas passarem por medo.

Agora, neste exato momento a minha cabeça está girando, girando, girando e eu nem queria estar aqui, eu queria estar deitado na minha cama fazendo qualquer coisa do tipo nada, pensando em qualquer coisa que me deixasse deprimido ou dormindo, ou tentando dormir, ou tentando pensar, ou sonhando, ou sei lá mais o que, mas eu estou aqui escrevendo pra ninguém ler, porque eu precisava escrever.

De alguma forma, mesmo que pequena, eu tinha que por pra fora tudo isso que tá sendo agora. Tudo isso assim confuso e louco e perdido que ninguém nunca vai entender.

b-Day

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Para quem não sabe dia 15 foi meu aniversário.

E eu nunca fui um super fã de ficar mais velho mas, antigamente, esta data era mais mágica.

Hoje em dia o aniversário só serve para potencializar a minha solidão crônica e para me deixar magoado por estar sozinho. Mas enfim, um dia tem 24 horas e ainda muito pode acontecer.

Tomara que tudo dê certo.

21 anos, aqui vou eu _o/

PS: Muito obrigado a geral pelo carinho e votos de felicidade! Essa é a melhor parte dos meus 15 de dezembro.

Coisas que você não está nem aí

Eu gosto de dias frios, mas gosto mais ainda de dias frios com sol. Gosto de tomar banho bem quente e de tomar leite frio, nem quente nem gelado, em temperatura ambiente. Gosto de ouvir o barulho da chuva antes de dormir, de mandar SMS de madrugada, de frutas vermelhas. Gosto de tudo de frutas vermelhas: Iogurte, hidratante, shampoo, balas, tortas...


Eu gosto de vento gelado batendo no rosto, de escrever textos sem fundamento algum, de ficar observando as pessoas e imaginando como elas são, o que elas gostam ou como elas eram quando crianças e como serão quando ficarem mais velhas, gosto de filmes tristes, de dormir até tarde de ficar pensando sobre coisas aleatórias e no que poderia ter sido diferente se tal coisa não fosse do jeito que é.


Gosto de desenhar estrelas quando estou distraído, de bala de doce de leite com chocolate, de patinar, de Curitiba, do cheiro de roupa recém lavada, de Super Mário World, de camisas xadrez, de fotografias, de corujas, de sonho de valsa, de músicas francesas, de jogar dominó, de colecionar cartões telefônicos, de all star velho, de bolo de cenoura, de perfumes amadeirados.


Gosto de gente impulsiva, de ganhar cartinhas, de suco de acerola, de ficar deitado na cama depois do banho, de pão quentinho com manteiga, de quem me liga de madrugada para falar que me ama por motivo nenhum, de quem apenas me liga de madrugada. De chorar vendo filmes, de espremer laranjas, de Caio Fernando Abreu, de viajar nas coisas e saber que tem quem me compreende, de músicas de fossa.


Eu gosto de A Pequena Miss Sunshine, de conversar por SMS, de animais, de falar de vingança, de colocar fogo nas coisas (é, não me deixem perto de um isqueiro ou de uma caixa de fósforos). Gosto de labradores, de Calvin e Haroldo, de morder as coisas, de limpar os dentes com fio dental.


Gosto de One Million da Paco Rabanne, de martini com suco de laranja, de abraço (adoro abraços, abraços, abraços, muitos abraços), de dormir do lado esquerdo, de falar no telefone andando pela casa, de tirar os pés para fora da coberta, de neologismo, de chorar até dormir, de mudar as coisas quando perco algo que eu gosto muito, de rir até dar dor no estômago, de O Pequeno Príncipe.


Gosto de demonstrações de afeto inesperadas, de assistir mil vezes o mesmo filme e chorar todas as vezes, de me identificar com pessoas, de olhos castanhos e cabelos cacheados, de ter saudade do meu cabelo loiro, das minhas paixões platônicas, do meu gato ingrato, de dormir com o colchão no chão, do cheiro da minha vó.


Gosto de ouvir música no carro, no ônibus, em casa, antes de dormir, o dia todo. De encontros inusitados, de cheiro de fósforo e de terra molhada, de caneta azul e letras de forma, da minha bipolaridade, das minhas confusões e da minha chatice, das minhas manias estranhas.