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Pequeno perdedor

Pulou, de um para outro, de uma cama para outra, de bar em bar, de corpo em corpo, até que parou. Olhou, gostou, decidiu ficar. Não tinha idéia do tempo, aliás o tempo eles é quem fariam. Tinha uma lábia incrível, um jeitinho para tudo, uma voz convincente. Coisas boas, frios, ligações e muitos pretextos. Deixaram-se levar. Logo mais, veio o tédio. Com o tédio, o silêncio. Com o silêncio, as mentiras para preencher. Com as mentiras, interesses diferentes surgiram. Buscava agora focar-se em outras questões, mas ali estava o seu troféu, raro, ou pelo menos era assim que sempre o chamava. Um troféu que demandava atenção e que jamais pensou ficar na estante, coberto de poeira, à deriva, à espera do que poderia acontecer. Eis que de tanto esperar, sem reação, aconteceu. Quebraram-no. Reconstituir-se é caminho longo, é tarefa árdua, mas para o pequeno perdedor, foi só mais um pulo. Mais um passo. Outro corpo, outro jeito, outro pensamento. Outra mão, outra letra, outra forma de ver. Ainda não tem idéia do tempo, não quer limitar. Deixa estar... enquanto isso, o troféu, de longe, observa, feliz por ter atingido certa evolução. Ele está reagindo. À sua maneira, mas está. 

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