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O menino e o poema

Hoje lendo uns poemas me lembrei de algumas fases da vida, coisas que me fizeram pensar e sentir saudades.

Lembrei do menino bobo que achava que dirigia o carro do pai com 5 anos de idade, da corrida de bicicleta pela casa e do medo que minha mãe sentiu d'eu cair da escada e me detonar inteiro, de enfiar as mãos no vidro da porta, de cair no chão patinando com meus rollers e me ralar todo, de ganhar brinquedos, de jogar bola na rua.

Lembrei do menino que queria ser diferente, que sonhava com uma aventura dessas de filme, que não tinha medo dos sentimentos e que achava que a vida era mais fácil. Lembrei do menino que sofreu por amor, que brigou com os melhores amigos, que deixou tantas coisas para trás, que em algum dia só se importou com a sua aparência, com o que achavam dele, como seu cabelo estava e com o ser estranho que habitava seu coração.

Não me orgulho de muitas coisas das quais fiz até hoje, mas me sinto extremante satisfeito por hoje eu ser o que eu sou e por cada dia que passa eu perceber que sou mais forte e mais resistente do que eu imaginava. Olhando da infância em diante, pude perceber o quanto eu mudei, o quanto eu fechei o meu mundo e o quanto eu quero deixá-lo fechado. Sofrimentos nos deixam assim...

Eu calejei, quando se bate muito em uma tecla a gente se acostuma com o som.
Já bati em teclas demais, já bateram em teclas demais e meu teclado desgastou, calejou, hoje não o sinto mais... Pensando bem, eu sinto. Uma vontade absurda de cometer minhas próprias loucuras, de fazê-las sem pensar nas consequências, por que com esse mundo eu já me acostumei e não me importo mais.

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