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"De tanto bater meu coração parou"

"Sinto-me terrivelmente vazio. Há pouco estive chorando, sem saber exatamente o porquê. As vezes odeio esta vida, estas paredes, essas caminhadas de casa para aula, da aula para casa, esses diálogos vazios, odeio até este diário, que não existiria se eu não me sentisse tão só." 
[Caio F. Abreu]

Levanto todos os dias, sem impulso, sem vontade. Evito todos os espelhos da casa... evito olhar nos meus próprios olhos por vergonha, abri mão de todos os meus objetivos, trai todos os meus sonhos, o mundo me corrompeu. Eu sei, a culpa é minha... o fardo é meu. 

Aceito e engulo todas as migalhas do destino junto com café amargo pela manhã, quero vomitar e não consigo, então levo esse nó na garganta, entalado, nauseante, o dia todo, todos os dias.
Prometi que não viveria um dia se quer sem amor, prometi colocar sentimento em tudo que fizesse e falhei miseravelmente. Promessas de um moleque. Desisti de tudo, de todos e sigo agora vazio pelos cômodos da casa, pelas esquinas da cidade, dentro de mim mesmo. Sigo assim sem nome, assim sem endereço, assim sem lugar, todos os dias da minha vida.
Sento e espero o movimento da vida, olhos arregalados e sem fé, observo a morte de todas as coisas que acredito, minhas verdades cairam por terra, uma por uma, não quero ver o quão real meu pesadelo se tornou e me jogo na noite, danço, dou gargalhadas com desconhecidos, bebo demais, fujo demais. Não tenho escolha, não vejo saída,se quer consigo chorar, já não consigo me lembrar como era me importar.

A pureza se perdeu, vejo meu amor se tornar sujo, infecto, inútil, cansei das mentiras, cansei de sofrer, cansei de me dar, cansei de tentar. É, entreguei os pontos, e desisti, nas pequenas coisas, nas grandes.

Parei... me perdi... sufoquei.

E assim vou me matando. E assim estou morrendo. E assim minha vida acaba, todos os dias, lentamente, um minuto de cada vez.

"Eu só queria ser feliz, gorda, burra, alienada e completamente feliz..." 
[Caio F. Abreu]



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