Posted in
abstraia,
infini particulier
Quando eu era criança gostava de brincar de morrer. Simulava uma morte e morria aos poucos
ia fechando os olhos lentamente. Dai ficava ali morto esperando que alguém notasse minha morte, quase nunca notavam e conclui que não era bom em morrer.
O que mais me impressionava quando eu morria é que, apesar de morto a vida continuava acontecendo lá fora apesar de minha ausência tudo continuava igual, o programa na televisão passando, a comida na panela que continuava a cozinhar, as pessoas da casa seguiam nos seus afazeres indiferentes à minha morte.
Hoje ainda morro de vez em quando e pouca gente percebe, é interessante como na morte as pessoas desaparecem deixam de existir e a vida continua pra maioria. Isso prova que são poucas
as pessoas importantes na nossa vida e que realmente nos fariam falta.
Morra um mês e descubra quem notou, provavelmente são essas as que importam.